Once upon a time...



Era uma vez, numa cidade não muito longínqua, um clube de futebol que fazia tremer todos os adversários que se deslocavam ao seu estádio. As bancadas não paravam um segundo, sempre com o objectivo de criar um ambiente de tal forma hostil que os jogadores adversários tremiam ainda antes do jogo começar. Ouvir a claque adversária? Nem em sonhos...

Dentro de campo a história era ainda melhor. Os jogadores desse clube entravam em campo com um único objectivo: fazer os visitantes engolir todas as injustiças que atentavam contra eles, todo o maldizer ecoado ao máximo pelos orgãos de comunicação social, todo o ódio destilado durante as semanas pelos dirigentes adversários, todas as arbitragens vergonhosas que tentavam inclinar campos a seu desfavor por esse país fora. A raça, a ambição, o querer eram inigualáveis.

Sábado fomos humilhados em casa. Das arbitragens não vale a pena falar. Da comunicação social e do gozo que tem em semana após semana humilhar-nos e perseguir-nos nas suas edições diárias, também não. Dos comentários inflamados do wannabe do presidente dos adversários durante a semana que antecedeu o jogo, poucos comentários há agora a fazer. Demos golos, fomos subjugados, não quisemos saber. Jogadores e adeptos resignaram-se. O treinador fala nas competições em que ainda estamos. Os dirigentes mantêm o silêncio ensurdecedor com que nos têm brindado nos últimos tempos e que só é quebrado para entrevistas fechadas, com timmings bem escolhidos politicamente e já sem grande repercussão interna e externa.

Preocupa-me a apatia. Estava cá fora, nos milhares que vão ao dragão e que se levantam antes do jogo acabar para não apanhar trânsito ou porque estamos a perder. Preocupa-me que já não esteja só cá fora e que um dia estejamos a olhar para o passado e a pensar: era uma vez...

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1 comentários

  1. Todas as histórias têm um fim, e caso não mude muita coisa, Lopetegui em especial com as suas teimosias, esta vai ser igual à do ano passado.

    O FC Porto mudou muito. A atitude combativa de representar a Invicta já foi. Neste momento a única coisa que existe é banalidade. Perdem e falam em levantar a cabeça, mas ninguém faz nada para vencer.
    Custa muito mas é o que eu como Portista sinto...

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