A política de remunerações da administração da SAD

Nota prévia: em momento algum o post que se segue pretende avaliar, criticar ou julgar os elevados salários dos administradores da SAD do FCP. O que se pretende é analisar a política subjacente aos mesmos.

Que os administradores da SAD do FCP ganhem rios de dinheiro é algo que não me incomoda minimamente. É normal que os gestores da mais bem sucedida equipa de futebol de Portugal sejam muito bem pagos e mais vale serem bem pagos do que apregoarem que trabalham de borla e usarem o clube e o seu património para ganharem obras para as suas empresas.

No entanto, e analisando os quadros abaixo, sendo o primeiro retirado do relatório & contas de 13/14 e o segundo do de 12/13, verificámos que, de um ano para o outro, houve um substancial aumento das remunerações dos órgãos sociais.


Sem querer por em causa os valores, uma vez que acho óptimo que o melhor presidente do Mundo seja muitíssimo bem pago, provoca-me uma tremenda confusão verificar que, numa altura em que o Porto atravessa problemas financeiros graves, que nem mesmo as justificações do Dr. Fernando Gomes disfarçam, numa época em que a SAD apresenta um prejuízo recorde, numa época onde tudo correu mal, desde a escolha do treinador, à construção do plantel e aos seus retoques em janeiro, sem esquecer os péssimos resultados, os piores dos 32 anos de presidência de Pinto da Costa, e numa época onde o dr. Angelino Ferreira afirmou repetidas vezes que era preciso cortar nos gastos, a administração se dê ao luxo de se aumentar na casa das dezenas de pontos percentuais.

É o "olha para o que eu digo, mas não olhes para o que eu faço".

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