SADerão eles o que fazem?


O Futebol Clube do Porto tem conquistado, nos últimos anos, incontáveis sucessos. A nível nacional, o nosso clube tem sido forte, dominante e conquistador. Somos tricampeões e, pelo meio, conquistámos mais alguns títulos, que nos ajudam, de forma inequívoca, apesar das frustradas tentativas d'ABola e do Record, a ser o clube português mais titulado.
Todavia, e apesar de termos apresentado plantéis com atletas de enorme qualidade, que nos têm permitido vencer, sempre e cada vez mais, é inegável que, fora o campeonato e a supertaça, temos, nas duas temporadas com Vítor Pereira ao leme da equipa principal e, já nesta, com Paulo Fonseca como treinador, baqueado nas demais competições e, ultrapassando algumas questões tácticas, o facto de termos apresentado, constantemente, lacunas nalgumas posições do plantel, tem contribuído, decisivamente, para que tal suceda.
De facto, a SAD que gere a equipa de futebol tem tomado algumas opções, no mínimo, duvidosas. Se, por um lado, numa altura de profunda crise económica, o Porto continua a investir demasiado dinheiro em alguns atletas, são também indesmentíveis as constantes lacunas em determinadas posições e a falta de alternativas em outras mais. De facto, andámos há anos a fio, sem uma alternativa válida ao lateral esquerdo, com excepção da temporada 2011/12, onde Álvaro Pereira e Alex Sandro coexistiram. Antes, tivemos atletas como Benitez ou Mareque, que de tanta qualidade demonstrada, forçaram os adeptos do Porto a uma penosa metade de temporada com Pedro Emanuel a tentar desempenhar as funções, até chegar Cissokho. Por outro lado, desde 2004/2005, já lá vão quase 10 anos, que não existe, no plantel, uma alternativa válida para o lugar de médio defensivo. Paulo "inserir um conjunto de impropérios irrepetíveis num blog de boa fama e ao qual crianças têm acesso como este" Assunção, primeiro, e o polvo Fernando, depois, reveleram-se excelentes jogadores, mas as suas alternativas, como Bolatti, Prediguer ou Andrés Madrid, foram completos fiascos. Também todos nos recordámos o quão penoso foi substituir Falcao, Lucho Gonzalez e, até ver, João Moutinho.
Se, actualmente, continuámos à procura da alternativa ideal ao melhor médio português, se não temos um único extremo que faça a diferença, apesar de termos bastantes, se Alex Sandro, Fernando e Danilo continuam sem um suplente à altura, é também verdade que gastámos 20 milhões de euros num central, quando já tínhamos um excelente quarteto para a posição e num médio-centro, que ainda não se adaptou ao futebol europeu, isto numa altura em que precisávamos de alguém que entrasse, de caras, no onze titular e em que emprestámos André Castro.
Errar é humano, mas parece-me que quem gere o nosso futebol anda a cometer demasiados erros ao nível da formação dos plantéis. E se, até agora, a nossa concorrência se limitava ao Benfica de Jorge Botox Jesus, este ano, enquanto o fígado resistir aos jantares aparentemente bem regados, teremos também o Sporting na luta. E nós, somos o Futebol Clube do Porto. Não podemos falhar.

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