[Liga Zon Sagres] 1ª Jornada: Vitória FC 1 - 3 FC Porto












Um resultado enganador e um jogo muito aquém das expectativas são um bom resumo do jogo entre Vitória e FC Porto, porém é preciso dizer que os três pontos conquistados foram de grande importância principalmente após a derrota do maior rival na Madeira, e não deixaram de ser justos.









  • Josué: Apesar de não ter realizado um jogo excepcional, em parte por ter que jogar encostado à linha por culpa da ausência de Varela, fez uma boa segunda parte e foi decisivo ao marcar a grande penalidade que iniciou a reviravolta no marcador. Ficou na retina a forma como assumiu a responsabilidade enquanto Lucho e Jackson discutiam quem não iria marcar a mesma. Foi bonito ver o "pequeno rebelde" ir buscar a bola dentro da baliza num claro sinal de que "É p'ra ganhar!". Como bónus, com este gesto ainda conseguiu a expulsão de Pawel que estava já preparado para jogar ao empata..
  • Quintero: Entrou, tocou na bola e marcou um golaço! Dá gosto ver a forma como o miúdo trata a bola. Um verdadeiro 10, criativo e rápido. A este ritmo conquistará rapidamente a titularidade. Esteve bem não só no golo como durante o resto do jogo, sempre bem no passe, a imprimir velocidade e a encontrar espaços nas costas dos adversários.
  • Jackson: É difícil dizer se esteve bem ou se esteve mal. Durante todo o jogo procurou o golo, lutou e não foi pouco, oportunidades até nem lhe faltaram, foi é menos eficaz que o habitual. Talvez se aquele primeiro chapéu tivesse resultado como parecia destinado, toda a história fosse outra, porém dou-lhe nota positiva por nunca ter deixado de tentar e pelo terceiro tento.








  • A primeira parte e as debilidades do costume: Nesta altura da época, existem duas claras debilidades que o FC Porto precisa de trabalhar e melhorar caso pretenda efectivar a habitual candidatura a campeão nacional. Uma defesa com enormes desconcentrações: um problema identificado durante a primeira fase da pré-temporada mas que entretanto parecia ter sido resolvido. No entanto hoje a defesa voltou a surgir desconcentrada. Um meio campo sem identidade, em que os jogadores parecem ora longe da defesa ora longe do ataque. Dificuldade em ocupar os espaços e em trocar a bola com efectividade. Se as transições rápidas são importantes para decidir jogos, o domínio e controlo da bola são igualmente importantes para controlar jogos. Dois pontos muito importantes a rever durante as próximas semanas.
  • Lucho: Coisa rara mas o Capitão, El Comandante, pareceu hoje não ter entrado em campo. Jogo extremamente apagado, a demonstrar que apesar de ainda ter pernas para jogar a posição de 10 exige outro tipo de atributos. Com o avançar da época penso que será recuado para poder continuar a contribuir da melhor forma para o futebol da equipa. Deveria ter sido substituído por Quintero no lugar de Defour. 
  • Adeptos Vitorianos: O ataque constante aos jogadores do FC Porto, o racismo demonstrado para jogadores como Helton, as tentativas de agressão ao Presidente do FC Porto. Não tenho memória de tal recepção em Setúbal. Lamentável.







  • João Capela: Por incrível que pareça, Capela pareceu deixar as Capelices em casa. Por ainda mais incrível que pareça, os adeptos do Vitória parece que ainda arranjaram razões de queixa para com o árbitro lisboeta mas mais incrível ainda é que me surpreendeu com uma boa exibição. Um critério muito largo na hora de apitar mas, pelo menos, um critério uniforme. Perdoa-se. Esteve bem no penalty, na expulsão e tanto quanto consegui perceber na não marcação de golos nos dois lances sobre a linha.
  • Defour: Pareceu bem e até pareceu ter sido dos mais inconformados com o mau resultado e a má exibição da primeira parte. Porém quando a máquina afinou tinha ele saído para dar entrada a Quintero. Neste modelo continua a parecer-me o médio melhor formatado porém o treinador parece não abdicar da presença de Fernando. De futuro fica a esperança de ver Fernando com outro companheiro ao lado no meio campo.
  • Alex Sandro: Não fez um mau jogo, não comprometeu, simplesmente não foi brilhante como nos habituou. Espero que rapidamente esteja de volta à sua melhor forma.
  • A falta de opções nas alas: Não se compreende como é que após a baixa de última hora, Varela, não foi chamado aos 18 eleitos Iturbe ou até mesmo Kelvin, em detrimento a Carlos Eduardo que realizou 95 minutos na véspera. Faltou, de facto, largura e profundidade à equipa com um Licá desinspirado e um Josué a fazer de James.
Os três pontos foram conquistados, esses três separam-nos neste momento do nosso principal rival e sabendo que o primeiro jogo da época é tradicionalmente difícil independentemente do adversário, apesar de tudo não consigo estar insatisfeito. Há muito trabalho pela frente, mantenho a minha fé nesta equipa e aguardo ansiosamente por voltar a ver a bola rolar.

Somos Porto!

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1 comentários

  1. Excelente análise. Eu acrescentava o Danilo aos aspectos negativos, acho que mais uma vez não esteve ao nível do que é exigível para um DD do Porto e nem sequer percebo a razão do Fucile não continuar a titular no lado direito da defesa.

    No entanto o que interessa são os três pontos e o facto de termos entrado com o pé direito no campeonato. Os de lá de baixo escorregaram e podem ser pontos muito importantes lá mais para a frente.

    PS - brutal o pormenor dos adeptos "vitorianos"

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