Maldição é não ser portista

Nas vésperas de uma deslocação díficil a comunicação social lá escavou para encontrar uma maldição antiga. A maldição do Campo das Amoreiras. Levantar um mau agoiro pareceu-lhes uma boa estratégia.

A verdade é que apartir dos anos 90 o Porto já foi à casa do Estoril 4 vezes e sai de lá com 4 vitórias. Somando a de hoje, 5 jogos 5 vitórias.



Maldições à parte, confesso que tinha algum receio para o jogo de hoje. Benfica liderava a classificação com 3 pontos de vantagem graças à vitória de ontem, poderia haver uma tendência de se começar a cavar um fosso por via das tropas encarnadas munidas de apito. Erro meu, a arbitragem foi positiva e justa.

O Porto entrou a controlar, mandou uma ao ferro mas não entrou aos 2 minutos de jogo e sofreu o golo num canto no minuto 10 com bola no ferro que viria a entrar, maldição? Serenamente conclui que o Porto daria a volta, maldições não fazem parte da história do clube.

Fico com a opinião que Hélton ficou um pouco mal na fotografia, mas que raio! Tem direito, tantas vezes nos salva de apertos e literalmente dá pontos à equipa.

Os adeptos e os jogadores do Estoril galvanizaram-se e notou-se que ganharam uma confiança que lhe permitia ganhar ressaltos e realizar fintas bem sucedidas que normalmente não seria assim. Mas o Porto lá voltou ao domínio.

Depois do intervalo e de uma segunda bola no ferro mas o golo não tardaria a chegar. Jogada de qualidade de Jackson Martinez, com aceleração, técnica e cruzamento milimétrico permitiu a Varela um cabeceamento letal.

3 minutos depois, livre lateral e Jackson Martínez cabeceia para a reviravolta. Cada vez mais fica a ideia que temos um novo avançado de classe mundial. Concretizador com pé direito, esquerdo, cabeça, jogador de equipa com capacidade de passe, velocidade e movimentações assassinas. Benditos olheiros que possivelmente hoje não viram o jogo do Futebol Clube do Porto porque estão à procura do próximo Jackson Martínez.

Até ao final do jogo, maior gestão da posse de bola, sem deixar de criar situações. Destaco um lance em que Fernando em pressão alta recuperou a bola, galgou terreno e cruzou com força para a cabeça de Jackson que enviou nova bola ao ferro.

Nos minutos finais Estoril ainda aproximou-se da nossa baliza mas não houve momentos de aflição. 61% de posse, o dobro dos ataques e dos remates ajudam a explicar a superioridade.

Jackson foi a figura, Moutinho e Fernando de choque e de trabalho ajudaram muito a equipa, Lucho e James mais apagadinhos.

Jogo 1000 de Pinto da Costa. Provavelmente na cabeça do homem está focada no 1001, é o próximo...



Os festejos de Vítor Pereira após o apito final ajudam a explicar a importância destes 3 pontos.

Não hajam dúvidas que a maior maldição que existe no futebol português é não ser portista.

PS: Destaco o bis de Éder na Madeira, também ponta-de-lança de enorme qualidade e que poderá ser muito útil à nossa selecção.

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